sexta-feira, 17 de abril de 2009

Meu amigo e minha amiga, pensei em vocês. Vocês de qualquer lugar do Planeta...


"Chamo de heróis somente aqueles que foram grandes pelo coração. Alarguemos essa palavra! 'O coração' não é apenas a região da sensibilidade; entendo por ele o vasto reino da vida interior. O herói que dispõe de coração e se apóia em suas forças elementares, está capacitado para enfrentar um mundo de inimigos.
(...) Beethoven é um dos artistas excepcionais, que associaram ao gênio do coração criador, dono de um imenso império interior, o gênio do coração fraternal voltado para todos os homens.
Mas não se apressem em ver em Jean-Christophe um retrato de Beethoven! Christophe não é Beethoven. É um Beethoven novo, um herói do tipo beethoviano, porém autônomo e lançado em um mundo diferente, no mundo que é o nosso.
(...)
'Mostrar sempre a Unidade humana, quaisquer que sejam as formas múltiplas sob que ela apareça. Deve este ser o primeiro objetivo da arte, assim como o da ciência. É esse o objetivo de Jean-Christophe.'" [Romain Rolland. Jean-Christophe. Vol. 1. Porto Alegre / Rio de Janeiro: Editora Globo, 1986. ]

Herói do tipo beethoviano, Jean-Christophe, Jean-Carlos? Sim, mas sem o sentimento oceânico da eternidade com acepção religiosa...

A ontologia do sentimento que vivo é laica - sem episteme cristã -, com aval espinosista na interpretação deleuziana. Imanentista, corpórea, pulsiva, múltipla e em aberto para o infinito...

Obrigado por sua visita fraternal.

Jean-Carlos Luz.




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